Nosso Moçambique

Somos jovens moçambicanos. Nascemos em Maputo, Beira, Nampula, ou nos campos de Cabo Delgado. Falamos português, mas também changana, sena, macua, ronga - línguas que carregam a sabedoria dos nossos avós.

Crescemos vendo a capulana como símbolo de poder, não de atraso. Ouvimos marrabenta, pandza e xigubo - não porque é "folclore", mas porque é nossa música, nossa alma.

Moçambique não é só o que nos ensinaram na escola. É também o conhecimento do curandeiro, a arte do ferreiro, a sabedoria da parteira. É a criança que brinca na areia de Bazaruto e o jovem que sonha nas ruas da Matola.

Recusamos a ideia de que ser moderno significa esquecer quem somos. Podemos ter um smartphone e ainda assim dançar ao som do tambor. Podemos estudar no estrangeiro e voltar para plantar no nosso chão.

Este é o nosso manifesto: Somos a geração que vai descolonizar o olhar sobre Moçambique. Que vai mostrar ao mundo que ser africano é ser revolucionário, criativo, poderoso.

Moçambique é nosso. E nós somos de Moçambique.

Juntem-se a nós. O futuro está nas nossas mãos.